Claudio Lamberti era um homem de bem com a vida, daqueles que a gente conhece e, na hora, pensa: para este o destino sorriu. Afinal, encontrou e casou com seu grande amor ainda jovem. Foi pai coruja duas vezes, avô babão. Realizou até o sonho de ter uma casa de campo para curtir o passar das horas em paz. Mas nem sempre a vida foi fácil. Um tortuoso caminho se escondia no longo sorriso de Claudio.
Menino ainda, já labutava na roça em Regente Feijó, no Paraná, ajudando o pai e cuidando dos oito irmãos mais novos. A mãe se foi cedo, levada pela catapora, e deixou dois filhos órfãos quando ele tinha apenas três anos. Desde então ela o visitaria sempre — em pensamentos e sonhos — até o fim de sua vida.
Naqueles primeiros anos, porém, havia pouco tempo para saudade. Os meios-irmãos pequenos precisavam comer. E lá ia Claudio para a plantação, criança ele também, mas já sentindo sob os ombros, e na pele curtida de sol, o peso da vida adulta. Aos 18, partiu para São Paulo atrás de independência e de uma vida melhor. A família não ficou esquecida. Trouxe todos, até o pai e a madrasta, para a capital. Ele havia desbravado a selva de pedra. Agora, cuidaria dos seus.
Inteligente e bom de papo, não demorou a conseguir trabalho. Além do serviço oficial, na fábrica ou no banco, fazia seus bicos de pedreiro, de jardineiro, de motorista de transporte escolar. “Ele sempre tinha uns três empregos ao mesmo tempo”, lembra orgulhosa a filha Carla.
E Claudio tinha sorte. No cartório eleitoral onde trabalhou, foi colega da sogra antes mesmo de conhecer a esposa. Jurema, cinco anos mais nova e então com 21 anos, apareceu um dia para visitar a mãe, e o amor surgiu como quem não quer nada. Um papo aqui, um olhar ali e, de repente, eram os melhores amigos e os maiores companheiros um do outro.
Vieram as duas filhas, seguiu-se uma vida tranquila, conquistada a quatro mãos. A aposentadoria chegou precoce, aos 48 anos. Tanto suor caído no solo da roça, no chão da fábrica, não havia sido em vão. Quando viu o rancho em Itanhaém em seu nome, Claudio, mais uma vez, sorriu satisfeito. “Todo o meu esforço valeu a pena porque hoje eu tenho um chão”, costumava dizer . O sítio virou seu refúgio. Era seu hobby passar tempos ali sozinho, na sua paz, com suas plantas.
Mas nada se podia comparar ao prazer dos almoços de domingo com a família ao lado de Jurema, ouvindo música caipira. Quando ela partiu, aos 66, ficou desolado. Viveu mais um ano apenas. Morreu em 28 de junho, de complicações de cirrose e diabetes, aos 72 . Deixou duas filhas, um neto e a memória do sorriso satisfeito de quem batalhou, conquistou e dividiu.
Não e fácil não Carla
Digo isso por experiência própria
Mais eles estão bem ao lado de jesus Cristo
Eles já cumpriu sua missão aqui na Terra
🙏🙌❤️
Foi um grande homem ,um grande pai ,grande avô ,grande marido ,grande sogro,um homem honesto ,trabalhador dedicado a família,infelizmente pessoas boas parte mais cedo dessa vida ,mas será lembrado para sempre com carinho de sua família que estava sempre perto dele.
É a vida dos nossos pais não foi fácil nós temos saudades dos nossos pais mais eles estão bem
Sem palavras,foi pai ,avô ,amigo…muitos conselhos…aprendi muito com este Homem…pai que nunca tive😊
Fiquei emocionada!
❤️❤️❤️